Descubra a história das vamps no cinema mudo, figuras femininas sedutoras e perigosas. Conheça as atrizes mais famosas e seus papéis icônicos dessa era do cinema.
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As mulheres fatais no cinema mudo eram conhecidas como “vamps”, um termo bastante popular para descrever mulheres de sensualidade magnética, com um fascínio sexual que se mesclava a uma aura de inocência, mistério e perigo. Elas surgiram como um contraponto marcante às figuras da “virgem” ou da “ingênua”, aquelas garotas casadouras e doces tão bem representadas por atrizes como Mary Pickford e Lillian Gish.
Considerando que um vampiro é um ser sobrenatural que suga a vida de outro, torna-se clara a imagem que se tinha de uma “vamp”: eram frequentemente tidas como predadoras, quando na verdade deveriam ser vistas como a personificação da mulher moderna, livre e independente. Dentre as maiores representantes desse arquétipo, destaca-se Theda Bara, considerada a rainha absoluta das vamps. Curiosamente, ao contrário de suas personagens intensas e sedutoras, Bara levava uma vida pessoal discretíssima.
Com o tempo, as vamps conquistaram um lugar chave nas narrativas cinematográficas, tornando-se elementos centrais em diversos gêneros. Essa influência perdurou e, na década de 1940, a figura da femme fatale, herdeira direta das vamps, ressurgiu com força total nos suspenses noir, marcando uma nova era de mulheres complexas e enigmáticas no cinema. Veja a lista das maiores vamps do cinema mudo:
Anna May Wong (1905 – 1961): foi a primeira atriz Asiática a ter reconhecimento internacional.Sua longa e variada carreira foi dos filmes ao rádio.Barbara LaMarr (1896 – 1926): atriz e roteirista, era frequentemente citada pela mídia como “A Garota Mais Bonita Do Mundo”.
Billie Dove (1903 – 1997): conhecida por uma variedade de personagens, antes do cinema trabalhou para Ziegfeld Folies.
Brigitte Helm (1906 – 1996): o papel mais famoso dessa alemã foi em Metrópolis, onde atuou maravilhosamente bem como a Maria em Metrópolis de Fritz Lang.
Corinne Griffith (1894 – 1979): Muito popular, conhecida como a “The Lady Orchid do Screen”, era considerada uma das mais belas da época. Se aposentou das telas com a chegada do som, mas continuou como produtora.
Dolores Del Rio (1904 – 1983): a atriz mexicana iniciou a carreira em 1925 era de uma beleza fascinante, sendo precursora do uso de maiô de duas peças no cinema.
Jean Harlow (1911 – 1937): a primeira platinum blonde do cinema teve uma vida curta, mas chamava a atenção com seus belos cabelos louros numa época em que as morenas dominavam.
Lili Damita (1904 – 1994): Essa francesinha atuou em filmes na Europa e nos Estados Unidos, aparecendo em 33 filmes entre 1922 e 1937, quando encerrou a carreira. Seu filho com o ator Errol Flynn desapareceu durante a guerra e ela passou boa parte de sua vida atrás de informações.
Louise Brooks (1906 – 1985): atriz, modelo e dançarina, marcou época com seu corte de cabelo até hoje imitado. Seu papel mais marcante foi em A Caixa de Pandora, onde fazia uma mulher sedutora.
Lya De Putti (1897 – 1931): a atriz húngara também era conhecida por seus papéis de vamps no cinema mudo. muitas vezes usava o cabelo escuro curto, em um estilo semelhante ao de Louise Brooks ou Colleen Moore.
Mae Murray (1885 – 1965): também era dançarina e produtora, era conhecida como a “The Girl com os lábios Bee-Stung” .
Musidora (1889 – 1957): a atriz francesa ficou famosa por seu papel na série Les Vampires. Bastante comparada a Theda Bara.
Nita Naldi (1894 – 1961): uma das vamps mais conhecidas, trabalhou em diversos filmes e também iniciou a carreira como ziegfeld girl.
Olive Borden (1906 – 1947): conhecida como a “The Girl Joy”,tinha como marca registrada sua beleza e seus longos cabelos negros. Chegou a ganhar 1500 dólares por semana, mas caiu em declínio devido sua reputação de temperamental.
Pola Negri (1897 – 1987): polaca, radicou-se nos Estados Unidos após a década de 20. Ela foi uma das heroínas do cinema mudo e nas telas era considerada uma vamp.
Theda Bara(1885 – 1955): A mais popular vamp de todos os tempos, seu nome era um anagrama de Arab Death (Morte árabe).
Writer, traveler and above all, curious about many subjects. She has studied cinema since 2002 and is a Specialist in Cinematographic Studies from UNICAP. Founder of the blog Purviance and the website Cinemaclássico. She loves Charles Chaplin, Raj Kapoor and constantly browses films from all over the world.