21 de maio de 2025

A História de Amor de Ingrid Bergman e Roberto Rossellinni

Ingrid Bergman e Roberto Rossellini: Reviva o polêmico e apaixonante romance que uniu dois grandes nomes do cinema mundial.

ingrid bergman

Após assistir ao filme “Roma, Cidade Aberta” de Roberto Rossellini, Ingrid Bergman, na época casada com Petter Aron Lindström, ficou extasiada com o filme. Diante disso, escreveu uma carta para o diretor:

“Caro senhor Rossellini, vi seus filmes “Roma: cidade aberta” e “Paisá” e gostei muito deles. Se precisar de uma atriz sueca que fale inglês muito bem, não esqueceu o alemão, ainda não é muito inteligível em francês e de italiano só sabe ti amo, estou pronta para fazer um filme com o senhor”.

Educado, mas sem saber quem era Ingrid, Roberto lhe respondeu carinhosamente, e lhe chamou para um teste para “Stromboli. Logo Ingrid partiria para a Itália, sem saber que isso mudaria completamente os rumos de sua vida.

Lá chegando, ao se conhecerem, os dois se apaixonaram imediatamente e iniciaram um romance. Ela logo engravidou, e o escândalo se tornou inevitável, pois além dela, ele também era casado. Quando o filme estreou, Roberto, o primeiro filho do casal, nascia. Pouco tempo depois Ingrid se divorciou de seu primeiro marido, casando-se com Rossellini no México.

Hollywood não deixaria isso barato. A Legião de Decência dos Estados Unidos boicotou o nome de Ingrid após o acontecido e os exibidores retiraram todos os seus filmes de cartaz. Ela era vista como um mal exemplo de comportamento e como uma pecadora. Foi massacrada pela crítica americana, pela imprensa e chamada de vagabunda. Após o divórcio, foi proibida de ver sua filha mais velha, Pia, que tinha 10 anos. Foi um período difícil na vida de Ingrid, que passou um ano até rever a filha. Em 1952 ela teve mais duas filhas com Rossellini, as gêmeas Isabella e Ingrid.

Foram 7 anos vividos na Itália, atuando em filmes de Rossellini e Jean Renoir. O casamento teve fim quando durante as filmagens do documentário “Índia: Matri Bhumi” Rosselini se encantou pela indiana Sonali Senroy DasGupta. Em 1957 o casal se divorciou e Ingrid retornou aos Estados Unidos. Tinha medo, mas tinha que retornar. Como seria recebida? Seu retorno foi triunfal, o público parecia desconhecer o acontecido. No cinema, ela retornou com o filme Anastacia, que lhe rendeu o Oscar de Melhor Atriz. Um tapa na cara dos recalcados. Segundo o documentário “Eu sou Ingrid”, quem não teve tanta sorte foram seus filhos, que a partir de então passaram a ser cuidados por uma babá em tempo integral, já que os pais estavam constantemente viajando com seus trabalhos.

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