Uma análise sombria de Hollywood: relembre os talentosos atores e atrizes que tiveram suas vidas precocemente interrompidas pela luta contra a dependência de drogas e medicamentos.
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O brilho de Hollywood muitas vezes esconde um lado sombrio, onde a fama e a pressão podem levar alguns de seus maiores talentos por caminhos perigosos. O abuso de drogas e o uso indevido de medicamentos controlados têm sido, infelizmente, uma constante na história da indústria do entretenimento, ceifando a vida de atores queridos e deixando um legado de talento perdido cedo demais. Este artigo aborda as histórias comoventes de atores vítimas de drogas e medicamentos, explorando as circunstâncias que os levaram a essa luta e o impacto devastador que o vício teve em suas vidas e carreiras.
Explorar as vidas perdidas em Hollywood devido ao abuso de substâncias é um lembrete doloroso da vulnerabilidade mesmo daqueles que parecem ter tudo. Discutiremos casos notórios de overdose de famosos e como a cultura em torno do estrelato pode, por vezes, contribuir para o ciclo da dependência. Ao mergulhar nestas narrativas, buscamos não apenas relembrar os artistas que se foram, mas também aumentar a conscientização sobre os perigos do vício em Hollywood e a importância do apoio e tratamento para aqueles que enfrentam o abuso de substâncias.
Alma Rubens: Também conhecida por seu casamento com o astro Ricardo Cortez, foi outra que se tornou usuária compulsiva de heroína e morfina, gastando grande parte de sua fortuna em drogas. Chegou a ser internada em uma clínica psiquiátrica, de onde saiu alguns meses depois, porém logo se envolveu em um novo escândalo ao ser flagrada com várias ampolas de morfina. A atriz afirmou que se viciara após seus diversos internamentos.
Barbara La Marr: A grande chance de Barbara veio numa oportunidade de participar de um filme com Douglas Fairbanks. Barbara, cujo nome verdadeiro era Reatha Watson, chegou a ser presa quando ainda era adolescência, ao ser pega dançando em um clube suspeito, mas acabou sendo solta porque o juiz achou a garota bela demais para ficar atrás das grades. Já famosa, ingeria todos os tipos de drogas, e chegava a guardar sua cocaína em uma caixinha que deixava em cima do piano. A mistura de álcool e drogas pesadas em concomitância com uma tuberculose, fez com que a atriz morresse aos 29 anos, em janeiro de 1926. A lei da mordaça funcionava já à todo vapor em Hollywood, e o estúdio culpou sua morte a uma dieta muito vigorosa.
Sua amiga Marion Davies tentou reerguer sua carreira, ajudando-a a conseguir papéis em alguns filmes, mas o vício não a deixava ir adiante. Seu estado estava tão alterado que ela chegou a atacar um médico ao ser levada a um hospital e depois fugindo deste.Com o sistema imunológico bastante abalado, Alma tinha apenas 33 anos de idade quando faleceu, vítima de uma pneumonia.
Juanita Hansen: A ruivinha foi arrastada para as drogas assim que começou a fazer parte dos Estúdios Keystone e a participar das festinhas de elenco. Logo já era viciada em heroína e gastava muito de seu salário para pagar o vício. Seu fornecedor era um colega ator. A atriz chegou a ser presa quando uma carta sua, pedindo ajuda a um médico para um tratamento, foi encontrada. Aos 28 anos sua carreira no cinema tinha fim. Ela ainda trabalhou no teatro e a depressão fez com que tentasse suicídio com pílulas para dormir.
Recuperada da dependência, utilizou sua triste experiência em palestras onde falava sobre os efeitos nocivos do vício e criou a Juanita Hansen Foundation, que alertava as pessoas dos perigos das drogas. Faleceu aos 66 anos.
Jeanne Eagels: A atriz que foi uma das garotas do Ziegfeld, foi da Broadway aos filmes e recebeu uma indicação ao Oscar póstumo por seu papel em A Carta (1929). Viciada em álcool e heroína, veio à óbito após uma overdose quando tinha apenas 39 anos. Em 1957 uma videobiografia tendo Kim Novak foi realizada em sua homenagem.
Wallace Reid: um dos astros mais populares de sua época, entrou em colapso e foi internado em uma clínica em 1922. A Paramount anunciouque ele se internara devido a um colapso nervoso causado pelo excesso de trabalho. Sua esposa, a atriz Dorothy Davenport,comunicou à imprensa que seu marido estava sendo submetido a uma cura pela adição de morfina. Wallace não sairia mais do internamento, e morreria em janeiro de 1923, quando tinha apenas 33 anos. Circularam várias versões sobre sua morte, dentre as quais uma de que ele teria sido na verdade “apagado”.
Mabel Normand: atriz comediante de grande destaque na companhia Keystone, era extremamente popular com o público em filmes onde contava com parceiros como Roscoe Arbuckle e Charles Chaplin.
Extremamente astuta e talentosa, Mabel foi uma das primeiras mulheres a se aventurar em dirigir filmes. Decepções amorosas com seu namorado Mack Sennett, dentre outras coisas, contribuíram para que ela sucumbisse ao vício em álcool e cocaína. Já não conseguia cumprir horários e sua irresponsabilidade se tornou tanta que ela chegou a partir para a Europa no meio das filmagens. A atriz se envolveu em alguns escândalos involuntariamente. Foi a primeira pessoa a chegar ao local do crime, depois do assassinato de seu amante, o produtor William Desmond Taylor, e posteriormente seu motorista atiraria em um homem com a pistola da atriz. Sua carreira estava acabada. Foi internada em um sanatório, onde morreu de tuberculose aos 34 anos.
Writer, traveler and above all, curious about many subjects. She has studied cinema since 2002 and is a Specialist in Cinematographic Studies from UNICAP. Founder of the blog Purviance and the website Cinemaclássico. She loves Charles Chaplin, Raj Kapoor and constantly browses films from all over the world.